terça-feira, 23 de junho de 2009

Arqueólogos de Israel revelam obra de arte com 1.700 anos


Mosaico multicolorido data dos séculos finais do Império Romano.
Achado aconteceu em Lod, na região central do país.

A Autoridade de Antiguidades de Israel divulgou imagens de um mosaico de 1.700 anos descoberto na cidade de Lod (região central do país). No total, a obra de arte do fim do período romano cobre cerca de 180 metros quadrados, com imagens coloridas de mamíferos, aves, peixes, plantas e barcos da época. O local acaba de ser escavado e vai virar um centro arqueológico.

Descoberto na ilha de Chipre um poço da Idade da Pedra

Arqueólogos em Chipre encontraram o que acreditam ser alguns dos poços de água mais antigos do mundo, datando de 10.500 anos atrás, na Idade da Pedra, e contendo o esqueleto de uma mulher jovem.



Encontrados por uma escavadeira num local de construção nas proximidades da cidade costeira de Pafos, no oeste do país, os poços vêm se somar a cinco outros encontrados anteriormente na região por uma equipe da Universidade de Edimburgo (Reino Unido).



"O processo de datação por radiocarbono indica que estes poços têm entre 9.000 e 10.500 anos de idade, o que os situa entre os mais antigos do mundo", disse o Departamento de Antiguidades em comunicado na terça-feira.



A fossa cilíndrica encontrada pela escavadeira tinha vários nichos pequenos cortados em suas laterais para permitir a descida e subida das pessoas que escavaram o poço. Estava repleto de sedimentos, contendo ossos de animais e o esqueleto mal conservado de uma mulher jovem. "Infelizmente, nunca saberemos por que razão ela estava ali", disse o Departamento de Antiguidades.

Palestinos acham tumba de 4.000 anos na cidade natal de Jesus


Área era habitada pelos cananeus, povo que precedeu o antigo Israel.
Segundo arqueólogo, túmulos intactos da época são raros.
Trabalhadores que estavam reformando uma casa na cidade de Belém, onde Jesus teria nascido, segundo a tradição dos Evangelhos, descobriram acidentalmente um antigo túmulo intacto, com vasilhas, bandejas, contas de colar e os corpos de duas pessoas, informou o órgão oficial de antiguidades da Autoridade Palestina.
A tumba de 4.000 anos traz dados sobre os costumes mortuários dos habitantes de Belém durante o período cananeu, antes do surgimento do povo de Israel, afirma Mohammed Ghayyada, do Ministério de Turismo e Antiguidades palestino. As obras, perto da Igreja da Natividade, revelaram um buraco levando ao túmulo, que estava a cerca de um metro de profundidade.


O túmulo foi datado do início da Idade do Bronze, entre 1900 a.C. e 2200 a.C. De acordo com Stephen Pfann, historiador e arqueólogo de Jerusalém, o achado "é uma referência importante a respeito da vida dos cananeus", povo que ocupou a Palestina na época em que patriarcas bíblicos como Abraão e Isaac teriam vivido.

Muitos artefatos do período já foram achados, mas túmulos intactos são raros, principalmente por causa de saques, explicou ele.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Arqueólogos alemães apresentam escultura de 35 mil anos



Arqueólogos alemães apresentaram nesta quarta-feira uma estátua de uma mulher esculpida em marfim de mamute, em Tuebingen. A obra foi descoberta na região do Danúbio-Alb.

Segundo informações da agência Efe, os especialistas acreditam que esta seja a escultura humana mais antiga conhecida. Ela teria sido produzida há 35 mil anos.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Livro dos Mortos

Livro dos Mortos é a designação dada a uma colectânea de feitiços, fórmulas mágicas, orações, hinos e litanias do Antigo Egito, escritos em rolos de papiro e colocados nos túmulos junto das múmias. O objetivo destes textos era ajudar o morto na sua viagem pelo mundo subterrâneo, afastando eventuais perigos que este poderia encontrar na viagem para o Além. Embora não tenha sido escrito como livro de síntese teológica, constitui uma das principais fontes para o estudo e compreensão da religião egípcia.

O Livro dos Mortos não era um "livro" no sentido coevo da palavra. A atual idéia de livro sugere a existência de um autor (ou autores) que propositadamente redige um texto com um princípio, meio e fim. Em vez disso, os textos que integram o que hoje se denomina por Livro dos Mortos não foram escritos por um único autor nem são todos da mesma época histórica. Um dos escritores mais conhecido por colaborar com uma parte desse livro foi Snefferus S. Karnak.

Os antigos egípcios denominavam a esta coletânea de textos como Prt m hru , o que pode ser traduzido como "A Manifestação do Dia" ou "A Manifestação da Luz". A atual designação Livro dos Mortos é disputada entre duas origens. A primeira refere-se ao título dado aos textos pelo egiptólogo alemão Karl Richard Lepsius quando os publicou, em 1842 - Das Todtenbuch der Ägypter (Todtenbuch, Livro dos Mortos). Afirma-se igualmente que o título possa ser oriundo do nome que os profanadores dos túmulos davam aos papiros que encontravam junto às múmias - em árabe, Kitab al-Mayitun (Livro do Defunto).


Estrutura
As edições modernas do Livro dos Mortos são compostas por cerca 200 "capítulos", nome que os egiptólogos dão às fórmulas encontradas nos papiros preservados ao longo dos séculos. Nenhum dos papiros conhecidos apresenta o mesmo número de capítulos e de ilustrações (vinhetas). Entre os mais conhecidos, encontra-se o Papiro de Ani, com um total de 24 metros, que se acha atualmente no British Museum, em Londres.


Formação

Secção do Livro dos Mortos no Museu Egípcio do Cairo
Secção do Livro dos Mortos do escriba Nebqed, cerca de 1300 a.C.O Livro dos Mortos data da época do Império Novo, período da história do Antigo Egipto que se inicia por volta de 1580 a.C. e termina em 1160 a.C.. No entanto, a obra recolhe textos mais antigos - do Livro das Pirâmides (Império Antigo) e do Livro dos Sarcófagos (Império Médio).

No Império Antigo foram gravadas várias fórmulas mágicas sobre os muros dos corredores e das câmaras funerárias das pirâmides de Sakara, pertencentes a vários reis da V e da VI dinastias (Unas, Teti, Pepi I, Merenré e Pepi II). Estes textos são conhecidos como Textos das Pirâmides. Nesta altura a possibilidade de uma vida depois da morte era apenas acessível aos reis.

A partir da VII dinastia egípcia verifica-se uma "democratização" da possibilidade de aceder a uma vida no Além. Esta não será mais reservada apenas ao soberano, mas será também possível para os nobres e os altos funcionários, e progressivamente estender-se-á a toda a população. Durante o Império Médio os textos usados pelos reis foram modificados, ao mesmo tempo que surgiram novos textos que mantinham a sua função de ajudar o morto no caminho do Além. Os textos passaram a ser escritos no interior dos sarcófagos (na madeira) dos nobres e dos funcionários, sendo por isso conhecidos como Textos dos Sarcófagos.

Durante o Império Novo reuniram-se textos funerários de períodos anteriores (Textos das Pirâmides e Textos dos Sarcófagos), ao mesmo tempo que se redigiram novos textos, escritos em rolos de papiro e colocados junto das múmias nos túmulos. A colectânea destes textos é hoje conhecida como Livro dos Mortos.

Existem algumas versões locais do Livro dos Mortos, que apresentam pequenas diferenças.

A chamada "recensão tebana", escrita em hieróglifos (e mais tarde em hierático) sobre papiro, encontra-se dividida em capítulos sem uma ordem determinada, embora a maioria deles possua um título. Esta versão foi utilizada entre a XVII e a XXI dinastia egípcia não apenas pelos faraós, mas também pelas pessoas comuns.

Na "recensão Saíta", usada a partir da XXVI dinastia (século VII a.C.) e até o fim da era ptolemaica, fixou-se de forma definitiva a ordem dos capítulos.

terça-feira, 17 de março de 2009

Vasos Canopo



Vaso canopo era um recipiente utilizado no Antigo Egipto para colocar órgãos retirados do morto durante o processo de mumificação. A forma destes recipientes variou ao longo da história do Antigo Egipto, bem como os materiais em que estes foram feitos, que incluíram a madeira, a pedra, o barro e o alabastro. Os Egípcios acreditam que a preservação desses órgãos era fundamental para assegurar uma vida no Além.


Origem do termoCanopo era o nome de uma cidade costeira egípcia localizada na região do Delta do Nilo, perto da actual cidade de Alexandria. Era também o nome de um piloto de Menelau, que teria sido enterrado nesta cidade, onde foi adorado como divindade representada como um vaso com cabeça humana. Quando os primeiros egiptólogos começaram a desenvolveram o seu trabalho eles denominavam qualquer vaso que tivesse uma forma humana como "canopo", acreditando que seria a confirmação da lenda grega.


HistóriaOs primeiros recipientes usados com o objecto de guardar as vísceras eram feitos de madeira e de alabastro, possuindo a forma de um cofre. O mais antigo que se conhece é um cofre em alabastro que pertenceu à mãe do faraó Khufu (Quéops), a rainha Hetepheres I (IV Dinastia), apresentando quatro compartimentos. Os quatro vasos separados surgiram no tempo de Miquerinos.

No começo do Império Novo era decorados com a imagem idealizada do defunto. Na parte final do Império Novo começaram a representar-se nas tampas as cabeças de um homem, de um babuíno, de um chacal e de um falcão.

Na Época Saíta os vasos deixaram de ser usados para colocar órgãos, sendo maciços.

Simbologia
Na versão "clássica" dos vasos canopos (versão em que cada tampa apresenta as cabeças esculpidas dos animais e a cabeça esculpida de um homem) cada um dos vasos era identificado com uma divindade, conhecidas como Filhos de Hórus: Imseti, Hapi, Duamutef e Kebehsenuef.

Acreditava-se que cada um destes filhos de Hórus protegia um órgão, que eram respectivamente o fígado, os pulmões, o estômago e os intestinos. Os vasos eram colocados nos túmulos orientados para cada um dos pontos cardeais, sendo cada um deles associados a uma deusa tutelar: Ísis, Néftis, Neit e Serket.

A informação anterior pode ser resumida no seguinte quadro:

Filho de Hórus Cabeça Órgão Ponto cardeal Deusa tutelar
Imseti Homem Fígado Sul Ísis
Hapi Babuíno Pulmões Norte Néftis
Duamutef Chacal Estômago Este Neit
Kebehsenuef Falcão Intestinos Oeste Serket

Egiptólogo espanhol descobre câmara funerária egípcia de 3.500 anos


Tumba está decorada com passagens do famoso Livro dos Mortos.
Local abrigaria corpo de escriba da 'mulher-faraó' Hatshepsut.

O egiptólogo espanhol José Manuel Galán descobriu uma câmara funerária pintada de 3.500 anos em Luxor, anunciou o Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha.

Pinturas na tumba são trechos do famoso Livro dos Mortos egípcio (Foto: France Presse/CSIC)
A câmara, que faz parte do cemitério de Dra Abu El-Naga, tem as paredes e o teto completamente pintados com desenhos e hieróglifos do Livro dos Mortos e seria de Djehuty, uma autoridade da época, segundo o CSIC.



Esse dignatário foi o escriba real, supervisor do Tesouro e supervisor dos trabalhos dos artesãos do rei sob as ordens de Hatshepsut, uma das poucas mulheres a assumir o cargo de faraó, filha de Tutmosis I, cujo reinado aconteceu entre os anos 1479 e 1457 antes de Cristo.



A câmara, uma sala quadrada de 3,5 metros de largura e 1,5 metro de altura, é uma das primeiras a ter sido completamente decorada com pinturas da época.